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JUSTIÇA

Juiz mantém preso acusado de matar idosa no Hugo

Segundo magistrado, prisão preventiva foi decretada "com base na gravidade concreta combinada com modus operandi"

O juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva manteve preso preventivamente Ronaldo do Nascimento, acusado de matar a idosa de 75 anos Neuza Cândida dentro do Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo), em 7 de maio. O magistrado negou o pedido da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) pela soltura. O órgão alegou demora na tramitação do processo.

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Segundo a DPE, o exame de insanidade do réu está sem previsão de agendamento após um ausência sem justificativa. Além disso, afirmou que o Ronaldo possui emprego e residência fixa e que por isso não há justificativa para a preventiva.

Ao negar o pedido da DPE, o juiz disse que a defensoria não comprovou residência fixa ou emprego de Ronaldo. Inclusive, citou que o endereço apresentado está em nome de terceiros e que o réu ite estar desempregado e em situação de rua.

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Sobre o exame de sanidade, o primeiro estava marcado para 1º de junho. Apesar do não comparecimento, não houve nenhuma justificativa no processo. Ele está preso desde o dia do crime no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O juiz afirmou que uma nova data foi marcada – apesar de não constar no sistema.  “Sobre a inércia do poder público, observa-se que ao ser informado acerca do não comparecimento do requerente ao exame de insanidade mental, foi determinado o reagendamento imediato do exame.”

E ainda: “Ademais, o prazo indicado (…) do Código de Processo Penal (45 dias para a realização do exame) poderá ser prorrogado, e eventual alegação de excesso de prazo para a formação da culpa, não procede. O prazo da formação de culpa deverá ser contado globalmente e a demora do exame de insanidade poderá ser compensado durante a instrução processual.”

Ao indeferir o pedido da defensoria, Eduardo pontuou, ainda, que a prisão preventiva foi decretada “com base na gravidade concreta combinada com modus operandi, que também é o perigo do estado de liberdade do requerente”. A decisão é da última segunda-feira (11).

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Confira AQUI.

Relembre o caso da idosa que morreu no Hugo

Neuza Cândida morreu em 7 de abril deste ano. De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, responsável pela apuração dos fatos, Ronaldo conseguiu ter o ao quarto da vítima depois que pediu ao vigilante ‘para ir ao banheiro’. Ronaldo negou que tivesse a intenção de matar a idosa e que ‘tentava limpar a traqueostomia da mulher’, quando, sem intenção, o dedo tapou o equipamento e Neuza morreu.

Câmeras de monitoramento interno do Hugo registraram a movimentação no dia em que o crime aconteceu. Nas gravações, é possível ver o vigilante em pé, mexendo no celular, ao lado de uma das portas que dá o à enfermaria. Em determinado momento do vídeo, Ronaldo aparece e olha para o vigilante, que acena com a cabeça, como se estivesse confirmando alguma ação. Em sequência, Ronaldo caminha sem qualquer interrupção pela sala.

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Uma outra câmera mostra quando Ronaldo caminhou pelo corredor da enfermaria. Ele para no meio do caminho e olha um dos quartos, depois continua andando até o outro, onde está a idosa. Sem qualquer intervenção, Ronaldo entra no quarto e mexe em aparelhos. Em seguida, sai e continua vagando pelo corredor.

De acordo com os autos, o suspeito narrou a uma testemunha que ouviu a voz de Neuza pedindo por ajuda. Ele alega que entrou no quarto e foi tentar ajudá-la ao limpar sua traqueostomia. Ele detalhou ainda que a idosa teria mexido a boca como se recusasse a ajuda. Mesmo assim, Ronaldo diz que tentou limpar a boca da vítima, mas acabou tapando o buraco da traqueostomia com um dedo. Na versão do suspeito, por conta disso, a idosa parou de respirar e morreu no local.

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