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Entrevista

Telemania Entrevista: David West Read, criador e roteirista da série ‘A Máquina do Destino’, do Apple TV+

Série estreia no Apple TV+ em 29 de março

(Foto: Divulgação)

Fui chamado pela Apple TV+ para uma entrevista com o criador, roteirista e produtor da recente produção do estúdio, “A Máquina do Destino”.

David West Read já ganhou o Emmy pela série de comédia “Schitt’s Creek” e agora embarca em um mundo maior com uma produção que mistura elementos fantásticos com comédia e drama em uma trama sobre destino, escolhas e aceitação.

“A Máquina do Destino” estreia no Apple TV+ no próximo dia 29 de março.

Confira abaixo minha entrevista com David West Read:

Como foi a mudança de uma série menor como “Schitt’s Creek” para essa daqui que possui mais cenários, mais efeitos especiais, etc?

Foi uma mudança animadora começar a trabalhar em “A Máquina do Destino”. Tem algumas semelhanças com “Schitt’s Creek” como, por exemplo, se a em uma cidade pequena, nunca falamos onde fica exatamente essa cidade, têm um grupo de personagens diferentes que você quer que a plateia goste… Mas este daqui, diferente de “Schitt’s Creek”, tem mais momentos dramáticos, pequenos mistérios, sutis elementos mágicos, portanto, para mim, a oportunidade de trabalhar em algo com esta escala foi bem divertido.

É baseado em um livro de M.O. Walsh, li o livro e fiquei apaixonado com esta ideia de uma máquina que pode te falar o potencial de sua vida, e pareceu certo desenvolver uma série onde você pode explorar esta questão de diferentes perspectivas.

A série fala sobre vários assuntos naturais da vida, como “Eu sou o bom o bastante?, “Quais são os meus talentos?”, e outras perguntas sobre existência, e sentimentos, algo que todos possuem ou já tiveram um dia. Portanto, o quanto do David temos dentro desta história?

Bem… Tem muito do David aqui, mas tem também uma sala inteira de roteiristas trabalhando para dizer o que eles querem da máquina. amos dias inteiros pensando diferentes ideias, diferentes potenciais, portanto, é realmente esta colaboração entre várias pessoas para montar uma série como essa. Não é só o meu ponto de vista.

Mas eu acho que eu trouxe um certo balanço no tom do show, entre o que eu gostaria com comédia, drama, comédia com reviravoltas inesperadas e, bem, você sabe, é um esforço coletivo fazer um show como esse. Tantas pessoas envolvidas em dar forma a ele.

E qual resposta você ia querer saber da máquina?

Bem, eu acho que eu gostaria de saber que o meu potencial é fazer o que eu já estou fazendo. De ser produtor e roteirista, porque eu sempre amei isso. Quando eu era criança… sabe… você não pode mudar aquilo pelo qual você é atraído naturalmente. Então, me sinto privilegiado em estar fazendo aquilo pelo qual eu sempre foi atraído. Mas ao mesmo tempo, enquanto estávamos desenvolvendo a série, quando lhe é dito que o que você está fazendo é o seu potencial, não tem mais para onde ir. E o que você faz quando não tem mais para onde ir? Você chegou ao topo! É o seu máximo! Você já chegou lá! Tem um pouco de horror nisso. E isso ativa uma certa ansiedade em um dos nossos personagens, então, é um longo caminho para dizer que eu gostaria de ser dito que é “ser roteirista”, mas eu não sei.

E você acredita que está chegando ao seu topo, ou que já chegou lá?

Eu realmente tenho esperanças, como ser humano, de que não tenha um topo! Mas também é um jeito de como se define sucesso hoje. Carreira é só um aspecto nisso. Acredito que sempre há espaço para crescer como pessoa, mesmo que você já esteja indo muito bem – profissionalmente falando.

E quais os planos que você ambiciona para depois deste trabalho atual? Pensa nisso?

Essa é uma pergunta difícil! Além de trabalhar na TV, eu trabalho com teatro também, estou com uma peça em cartaz na Broadway e outra que eu estou desenvolvendo ainda para esse ano. Mas eu nunca fiz um musical original, então é isso, isso é algo que eu gostaria de fazer.

Para finalizar, quais foram as suas inspirações para criar a identidade visual da série?

Sim, o visual é bastante importante para mim. E a gente sempre quis um visual bem cinematográfico, que o escopo do show fosse grande. Tem um perigo em pensar que é uma historinha de cidade pequena, é bonitinha e tal como uma sitcom das antigas, mas para mim, as pessoas dessa cidade pequena possuem sonhos verdadeiros, vidas pessoais complicadas, então, senti que devíamos abrir o visual e dizer “sim, eles estão em um lugar pequeno, mas os sonhos são grandes!”.

Portanto, trabalhando com o nosso diretor de fotografia e outros diretores para estabelecer essa linguagem, a gente buscou referenciar filmes dos anos 80 e 90 mais do que produções recentes na TV, e estabelecer esse visual bem específico. Uma das coisas únicas desse show é a cor azul. A cor da máquina tem essa vibrante cor azul, e eu deleguei para os diretores de arte e figurino de que não deveria ter outra cor azul nesse mundo, que deveria ar a sensação de que essa cor azul nunca existiu antes. De que uma nova cor chegou na Terra, e mostrar esta mudança que está acontecendo na cidade, com os personagens, etc.