Escândalo do INSS: Lupi pode sair demitido de reunião com Lula
Encontro não estava na agenda do presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), para uma reunião (que não estava na agenda) nesta sexta-feira (2), às 16h, no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro acontece em meio ao escândalo que envolve fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o resultado pode ser a demissão do pedetista. Na semana ada, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma megaoperação para apurar o caso.
PF e Controladoria-Geral da União (CGU) apuram um esquema de descontos em todo o País, associativos e não autorizados, em aposentadorias e pensões. A irregularidade ocorreria, pois as associações que oferecem serviços aos aposentados realizavam cadastros sem autorização, com s falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social. O valor roubado no período de 2019 a 2024 pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Devido ao escândalo, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido na última semana.
Como resultado do escândalo, na quarta-feira (30), deputados de oposição protocolaram um requerimento para abertura da comissão parlamentar de inquérito (I) do “Roubo dos Aposentados” (do INSS) na Câmara, com 185 s. Cabe à I investigar, podendo, inclusive, requerer informações de órgãos da istração pública e audiências – até mesmo com ministros.
Quem reuniu as s foi o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), com apoio de líderes de oposição. O mínimo de apoios para abertura é de um terço dos parlamentares da Câmara, ou seja, 171 deputados. A instalação, contudo, depende do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O chefe do Legislativo já disse que existe uma fila de pedidos para instalação de Is.