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Ex-comandante da Aeronáutica discutiu prisão de autoridades em reunião com Bolsonaro

Ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Junior afirmou que prisão de Alexandre de Moraes foi discutida

Ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior (Foto: Agência Brasil)
Ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior (Foto: Agência Brasil)

(O Globo) O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou nesta quarta-feira, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), que no fim de 2022 houve um “brainstorming” sobre a possibilidade de prisão de autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, do STF. De acordo com Baptista Junior, a discussão ocorreu em meio à apresentação, por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de medidas que poderiam reverter o resultado da eleição presidencial.

Segundo o ex-comandante, foi levantada a possibilidade de que, caso Moraes fosse preso, outro ministro do STF poderia dar um habeas corpus para ele. Por isso, seria necessário prender todos os integrantes da Corte. Baptista Junior não explicou quem participou dessas conversas.

— Isso era um brainstorming nas reuniões. Eu lembro bem, houve a seguinte discussão: “Vai prender o Alexandre de Moraes, presidente do TSE? Vai. Amanhã o STF vai dar um habeas corpus para soltar esse. E aí, nós vamos fazer o que, vamos prender os outros 11?”. Mas isso era um brainstorming, buscando uma solução, que já estava no campo do desconforto. Pelo menos, para mim estava.

Um “brainstorming”, expressão em inglês que pode ser traduzida literalmente como “tempestade de ideias”, é uma técnica de discussão em que os participantes apresentam uma série de sugestões.

Na segunda-feira, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes também disse, em audiência no STF, que a prisão de Moraes foi cogitada como parte das medidas estudadas por Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022.

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em delação premiada, que uma primeira versão da minuta golpista previa a prisão de Moraes, do ministro Gilmar Mendes e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, Bolsonaro pediu a exclusão dos outros nomes e a manutenção apenas de Moraes.

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