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Estado de Goiás / Déficit Orçamentário

Nova gestão herdará dívida de R$ 3,4 bilhões do governo tucano, afirma Caiado

Governador eleito continua criticando decreto que retirou obrigatoriedade de gestão realizar empenho no mês de vencimento dos salários de servidores. Dívida com OSs, combustíveis e alimentação de presos também preocupa

Além da imprevisibilidade do pagamento das folhas salariais do serviço público estadual referentes a novembro e dezembro de 2018 – que irão gerar um débito de R$ 1,68 bilhão ao erário -, o governo de Ronaldo Caiado (DEM) irá herdar da gestão tucana outro R$ 1,72 bilhão em dívidas. De acordo com o governador-eleito, tratam-se de gastos com Organizações Sociais (OSs), bolsas universitárias, pagamento de empresas fornecedoras de alimentos para presídios e combustíveis que, entre outros, deixaram de ser quitados desde novembro por José Eliton (PSDB).

Ao todo, portanto, a dívida global da futura istração perfaz R$ 3,4 bilhões, o que irá demandar, segundo Caiado, uma série de esforços do secretariado, quase que totalmente definido. “Além da questão orçamentária e financeira, temos que nos concentrar sobre questões jurídicas, principalmente no que diz respeito a encontrar uma solução para realizar os pagamentos das folhas salariais”.

Palácio Pedro Ludovico, sede do governo estadual (Foto: divulgação/governo)

Por esses motivos, Ronaldo afirma ser impossível estimar uma data para realização desses depósitos. Para ele, “não tem como pagar algo que não foi empenhado”. “Empenho” é a fase em que a istração pública reserva valores para pagamentos de determinadas e previstas despesas. “Temos que, ao chegar ao governo, buscar um sistema para a regularização desses débitos. Veja a situação que nós vamos viver”, lamenta.

Uma das ações do atual governo responsável por gerar a confusão nas contas públicas, de acordo com Caiado, foi um decreto editado por Eliton em outubro para que o estado ficasse desobrigado de realizar o empenho no mesmo mês de referência dos vencimentos dos servidores. “A previsão de pagamento só existe com o dinheiro em conta. Terei que pagar a folha de janeiro e depois fazer um esforço para realizar o empenho para os meses em atraso. Isso foi propiciado por um decreto baixado pelo próprio governador, que se isentou da obrigatoriedade de reservar o dinheiro”.

Secretaria da Fazenda de Goiás. (Foto: Reprodução)

O Mais Goiás procurou a assessoria do governo, mas as ligações não foram completadas, ao o em que mensagens também não foram respondidas. Por outro lado, na Secretaria da Fazenda (Sefaz), órgão responsável por realizar os pagamentos, a redação obteve a informação de que dados sobre a dívida foram colhidos pela governadoria, que pode estar trabalhando em uma resposta para as dívidas apontadas pelo governador-eleito.