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Justiça

Justiça marca julgamento do acusado de abusar e matar adolescente em Aparecida de Goiânia

O julgamento será no dia 7 de outubro deste ano, às 8h30, na Comarca de Aparecida de Goiânia

Imagem da vítima e do réu
Janildo já tinha histórico de crimes como furto, roubo, tráfico de drogas, homicídio e estupro (Foto reprodução)

Um ano e seis meses após o sequestro, estupro e assassinato de Amélia Vitória, de 14 anos, a Justiça de Goiás marcou a data do júri popular de Janildo Silva Magalhães. O julgamento será no dia 7 de outubro deste ano, às 8h30, na Comarca de Aparecida de Goiânia.

Aposentado por invalidez, Janildo já tinha histórico de crimes como furto, roubo, tráfico de drogas, homicídio e estupro — este último cometido contra a enteada, em 2022, em Rio Verde. Na época do crime contra Amélia, ele vivia com a mãe e a irmã no entorno de Goiânia.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia e a Justiça aceitou, tornando Janildo réu. A defesa tentou desclassificar o homicídio e a ocultação de cadáver alegando que o acusado teria transtornos mentais, mas o juiz manteve a decisão de levá-lo a júri popular.

O crime contra Amélia Vitória

Amélia desapareceu em 30 de novembro de 2023, depois de sair para buscar a irmã mais nova na escola, no Residencial Astória. Ela foi a pé porque a bicicleta havia quebrado, e como chovia, deixou o celular em casa. A família percebeu o sumiço apenas quando a escola ligou informando que ninguém havia buscado a criança.

Buscas começaram ainda naquele dia com apoio dos bombeiros. Imagens de câmeras de segurança registraram Amélia caminhando sozinha pouco antes de desaparecer. Dois dias depois, moradores denunciaram que um corpo havia sido abandonado no Parque Haiala. O pai reconheceu a calça da filha e exames confirmaram a identidade da adolescente.

Investigação e provas

As investigações apontaram que Janildo abordou Amélia na rua e a levou para uma casa na Rua Amaraí, onde a violentou sob ameaça. Depois, a levou para outro endereço no Parque Haiala, onde manteve os abusos por horas. Para ocultar o crime, a matou por asfixia e escondeu o corpo na residência. Em 2 de dezembro, abandonou o cadáver na Avenida Abel Chaveiro.

Exames de DNA confirmaram que Amélia foi violentada por ele antes de morrer. Imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas também ligam Janildo ao crime. Laudos periciais revelaram sinais de agressão e defesa por parte da vítima, além de indícios de premeditação, já que ele se aproveitou do fato de Amélia estar sozinha e sem celular.

Decisão da Justiça

A tentativa da defesa de enquadrar o caso como estupro com resultado morte e retirar a ocultação de cadáver foi negada. O juiz Leonardo Fleury Curado Dias determinou que o réu vá a júri popular, acusado de homicídio qualificado, sequestro, estupro e ocultação de cadáver. A prisão preventiva foi mantida por causa da gravidade do crime e dos antecedentes do acusado e desde então ele segue a disposição da Justiça.

A defesa de Janildo não foi localizada até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação