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LUTO

Oficial: hospital confirma morte de siamesa Kiraz, em Goiânia

A irmã dela, Aruna, segue internada sob cuidados intensivos

Oficial: hospital confirma morte de siamesa Kiraz, em Goiânia
Oficial: hospital confirma morte de siamesa Kiraz, em Goiânia (Foto: redes sociais)

Após cerca de 24 horas do anúncio do protocolo de óbito, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) confirmou a morte de Kiraz, uma das gêmeas siamesas de 1 ano e seis meses submetidas à cirurgia de separação no dia 10 de maio, na unidade. A irmã dela, Aruna, segue internada sob cuidados intensivos.

Conforme o Hecad, “Kiraz estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o término do procedimento, recebendo cuidados intensivos de uma equipe médica e multiprofissional. Apesar de todos os esforços clínicos e da dedicação da equipe assistencial, a paciente foi a óbito na manhã desta terça-feira (20), às 11h30”.

Ainda na manhã de segunda-feira (19), o perfil das gêmeas no Instagram divulgou uma foto de Kiraz lamentando a perda da menina. “Descansa em paz, filha”, escreveu. O hospital, então, iniciou o protocolo de morte encefálica que deveria ser finalizada às 13h de ontem. Porém, a equipe médica decidiu refazer um exame e informou que poderia levar mais de 24 horas para concluir o resultado oficial. O comunicado veio nesta terça-feira.

“O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa, com profundo pesar, o falecimento da paciente Kiraz, uma das gêmeas siamesas de 1 ano e seis meses submetidas à cirurgia de separação no dia 10 de maio, na unidade.”

Procedimento

Kiraz e Aruna nasceram há um ano e seis meses no interior de São Paulo. Elas chegaram em Goiânia em 7 de maio e foram isoladas no hospital no mesmo dia para se prepararem para a cirurgia, que começou no sábado (11). O procedimento, que durou quase 20 horas, terminou às 4h20, sendo levadas para a UTI do Hecad. Elas, contudo, foram definitivamente separadas por volta de 1h24 da manhã. Depois disso, teve início a sétima etapa, que foi a reconstrução dos corpos das pacientes nas regiões em que ficaram expostas. 

“Foi uma cirurgia muito complexa, muito difícil, mas muito difícil mesmo. O fígado estava muito espesso e havia várias alterações anatômicas. Mas nós conseguimos”, disse o médico Zacharias Calil, que liderou a equipe na data. Participaram do procedimento mais de 60 profissionais, entre eles pelo menos 16 cirurgiões de especialidades diversas – como cirurgiões plásticos, ortopédicos, vasculares, especialistas em urologia e aparelho digestivo, além de quatro anestesiologistas.

Unidas pelo tórax, abdômen e bacia

As gêmeas Kiraz e Aruna, naturais de Igaraçu do Tietê (SP), nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Elas compartilhavam o fígado e possuíam três pernas. A cirurgia de separação, realizada no dia 10 de maio, durou 19 horas e envolveu mais de 40 profissionais de saúde. Após o procedimento, as duas foram levadas à UTI e entubadas devido às complicações, como febre alta. 

A família acompanhava cada etapa do tratamento e pedia orações pela recuperação das meninas. Ainda não há atualização oficial sobre o estado de saúde da gêmea Aruna, que segue internada sob cuidados intensivos.

Nota do Hecad sobre Kiraz e Aruna:

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa, com profundo pesar, o falecimento da paciente Kiraz, uma das gêmeas siamesas de 1 ano e seis meses submetidas à cirurgia de separação no dia 10 de maio, na unidade.

Kiraz estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o término do procedimento, recebendo cuidados intensivos de uma equipe médica e multiprofissional. Apesar de todos os esforços clínicos e da dedicação da equipe assistencial, a paciente foi a óbito na manhã desta terça-feira (20), às 11h30.

A paciente Aruna segue em estado grave, com evolução esperada para a fase atual do pós-operatório. Ela permanece em sedação contínua, em uso de ventilação mecânica e sob dieta zero. Apresenta diurese espontânea e faz uso de drogas vasoativas para manutenção da estabilidade hemodinâmica.

O Hecad reforça que a equipe multiprofissional segue acompanhando de forma contínua a evolução clínica da paciente (Aruna) e se solidariza com os pais e familiares neste momento difícil, prestando todo o acolhimento e e necessários.