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CASO VALÉRIO LUIZ

Promotor do caso Valério diz não ser comum, mas já viu defesa abandonar julgamento

Membro do MP-GO vê alegação de incompetência do juiz e abandono do júri como estratégia

Promotor do caso Valério diz não ser comum, mas já viu defesa abandonar julgamento
Promotor do caso Valério diz não ser comum, mas já viu defesa abandonar julgamento (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

O promotor do caso Valério Luiz, Sebastião Marcos Martins, disse que não é comum, mas já viu a defesa abandonar um julgamento. Nesta segunda-feira (2), os advogados de Maurício Sampaio (um dos acusados pela morte do radialista), deixaram o tribunal do júri, após não conseguirem adiar a sessão.

“É possível… Não é comum, mas acontece. Recentemente isso ocorreu no Rio Grande do Sul”, declarou o membro do Ministério Público (MP-GO). Segundo ele, lá também houve a determinação de multa de cem salários mínimos aos defensores – o mesmo ocorreu neste caso.

Os advogados alegam que o juiz Lourival Machado da Costa não é “natural” (competente) para presidir o júri, uma vez que possui diferenças pessoais com Maurício. Ainda de acordo com eles, o júri também o é, pois a sessão deveria ocorrer no 4º Tribunal do Júri.

Para o promotor, trata-se de “estratégia”, pois isso é tese recente. “Nunca foi cogitado e, do nada, vem essa alegação que, inclusive, tem sido rejeitada pelo Tribunal de Justiça.”

Vale citar, o abandono da defesa gerou o terceiro adiamento do julgamento. Por causa disso, os advogados de Sampaio foram multados, solidariamente, em R$ 121 mil – cem salários mínimos. Os defensores disseram, contudo, que não estão preocupados, pois estão lutando para cessar as irregularidades. “E vamos recorrer.”

O novo júri foi remarcado para o dia 13 de junho. Além disso, segundo o Ministério Público, a Defensoria Pública representará Sampaio, a fim de evitar novos adiamentos.

Relembre o caso Valério Luiz

O crime que vitimou Valério Luiz ocorreu em julho de 2012. Segundo o Ministério Público, o radialista foi morto em razão de críticas que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense. Os denunciados são: Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.

O caso teve um novo adiamento em 14 de março após o defensor de Sampaio, Ney Moura Teles, renunciar a defesa. Ao Mais Goiás, ele afirmou que apresentou a renúncia em 3 de março por divergências com o cliente. Disse ser uma decisão prevista em lei, também.

À época, Valério filho disse renúncia foi protelatória e uma manobra – o que Ney negou. “É o que fizeram desde sempre. Tentam cavar nulidade, adiar… Mas deste vez, senti que tanto o juiz quanto o Ministério Público estão determinados que o júri ocorra com todos de uma vez só.”

Nesta segunda-feira, 2 de maio, quando deveria ocorrer o júri, os advogados deixaram o julgamento, alegando irregularidades com o juiz e o júri, que não seriam competentes para julgar Maurício. Eles foram multados em cem salários mínimos e, conforme o Ministério Público, a Defensoria Pública deverá assumir a defesa para evitar que a sessão de 13 de junho seja adiada.

O MP-GO explica que o caso não pode ser desmembrado neste momento, pois os autores devem ser julgados primeiro. São eles: Maurício Sampaio e Ademá Figerêdo. Os demais são partícipes.

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