Polícia prende suspeita de golpes do ‘falso consórcio e carta contemplada’, em Aparecida
Mulher seria suposta empresária que usava nomes falsos para dar golpes, conforme o delegado

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu uma mulher suspeita de golpes do “falso consórcio e carta contemplada“, em Aparecida de Goiânia, durante a Operação Protectio XXII, nesta quinta-feira (22). A ação, que começou em 2023, já teve mais de 20 fases e cumpriu, até o momento, mais de 60 mandados judiciais em residências e estabelecimentos comerciais ligados aos investigados, além da suspensão das atividades de mais de 30 empresas envolvidas nas fraudes.
Nesta quinta-feira, os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão contra uma investigada. Sobre a detenção, o delegado Khlisney Kesser Campo afirma que se trata de uma suposta empresária que usava nomes falsos para dar golpes em Aparecida, Goiânia e região metropolitana. Segundo ele, a investigada operava em um edifício de alto padrão na Vila Brasília (Aparecida) e atendia com hora marcada para fazer contratos de grandes valores. A mulher, inclusive, já era investigada e praticava os crimes desde 2022.
Nesta etapa, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) identificou vários consumidores lesados, além de indícios de outras vítimas. O delegado explica que os prejuízos entre as vítimas variaram de R$ 1 mil a R$ 100 mil, até o momento. Acerca do golpe, ele começa com anúncios na internet, com o oferecimento de veículos ou imóveis a preços íveis. As vítimas, então, procuram a “empresa”, que os induz a acreditar na aquisição do bem de forma rápida e fácil. Com isso, o cliente paga a “parcela de entrada” e só descobre o golpe após o prazo prometido para a liberação do crédito ar e ele não conseguir o combinado.
Khlisney recomenda que as vítimas procurem a delegacia, pois, em muitos casos, não sabem que sofreram um crime. “Muitas acham que o processo não deu certo e que perderam o dinheiro.” A Polícia Civil continua as investigações e não descarta novas prisões.
A divulgação da identificação da presa e do estabelecimento comercial foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e Despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, justificada na possibilidade real de identificação de novas vítimas.

