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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

PL age para conter crise e condiciona permanência de Vitor Hugo à lealdade

Crise ficou escancarada com declarações de Gustavo Gayer e Wilder Morais

Lideranças do PL cobram lealdade de Vitor Hugo (Foto: Divulgação)

Lideranças do PL indicam que há um movimento embrionário para tentar reestabelecer a harmonia interna no partido, especialmente após o racha público que expôs o isolamento do vereador Major Vitor Hugo. O gesto, no entanto, não significa anistia. De acordo com o vice-presidente estadual da sigla, Fred Rodrigues, a permanência do ex-deputado federal no partido está condicionada a um rompimento definitivo com articulações que de acordo com ele, “desrespeitem o projeto nacional e estadual” da cúpula.

“Depende somente dele”, afirmou Fred à coluna, ao ser questionado sobre o futuro de Vitor Hugo na legenda. “As incessantes tentativas de utilizar o PL para benefício próprio, desmerecendo o trabalho feito e o projeto que o partido tem para Goiás, levantaram dúvidas quanto à lealdade e ao comprometimento”.

Recentemente, Vitor Hugo destacou ao jornalista João Bosco Bittencourt, colunista do Mais Goiás que a aliança entre o PL e Caiado estariam avançadas. O movimento desagradou parte da cúpula liberal que vê a articulação como uma traição ante aos projetos encabeçados pelo senador Wilder Morais (PL) que mira uma candidatura ao Palácio.

Fred reforçou que não há divergência entre o comando nacional e estadual do PL sobre o assunto. “O PL tem nomes para a presidência, o Governo do Estado e ao Senado. Portanto, ecoar o projeto de outros partidos, que coincidentemente beneficiam o nome dele, criou desgaste aqui e em Brasília. O recado que foi ado é de um basta nessas articulações anti-PL. Se ele respeitar, continuará no partido.”

Outro nome que destacou à coluna que vai trabalhar pelo apaziguamento dentro do partido é o vereador Oséias Varão (PL). Sem dar detalhes, ele destacou que vai investir na pacificação da direita e que um ruído entre os conservadores à essa altura poderia provocar dificuldades nos planos eleitorais do grupo para as eleições de 2026.

A fala vem na esteira da pressão feita por Gustavo Gayer e Wilder Morais, que acusaram Vitor Hugo de sabotagem, de uso político do nome de Jair Bolsonaro e de tentativa de construir uma candidatura ao Senado à revelia do grupo. O episódio provocou uma reação direta do próprio Bolsonaro, que ligou ao vereador na última terça-feira (20) e o repreendeu duramente, exigindo recuo e sugerindo que ele se limite à disputa por uma vaga de deputado federal em 2026.