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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Procurador da Câmara de Goiânia deixa o cargo após crise com assessor de vereador

Mesmo reconhecido como um nome técnico e de confiança de Policarpo, a avaliação é que Kowalsky perdeu as condições políticas de seguir no cargo

Kowalsky é procurador-geral da Câmara e pediu exoneração após crise com chefe de gabinete do vereador sargento Novandir (Foto: Divulgação)

O procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira (8), em meio à crise que tomou conta do Legislativo após o episódio envolvendo uma discussão com o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB). A decisão ocorre após pressão de parlamentares e diante da iminente exoneração por parte do presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD).

Em carta aberta, Kowalsky afirma que a saída foi uma escolha voluntária e que tem como objetivo garantir que eventuais apurações internas ocorram “com a devida isonomia e transparência”. Ele defendeu a abertura de processo istrativo disciplinar (PAD) e declarou que enfrentará na Justiça as acusações feitas contra ele nos últimos dias.

“Mantenho minha postura ética e comprometida em todas as instâncias. As acusações levianas que foram lançadas contra mim serão enfrentadas na Justiça, como deve ser, em absoluto respeito ao devido processo legal”, escreveu.

Kowalsky também disse que o pedido de exoneração não representa um encerramento definitivo de sua trajetória. “Essa ruptura profissional não representa um ponto final em minha história, mas sim uma vírgula que marcará o início de novos horizontes e a reafirmação da verdade”, completou.

Mais cedo, Policarpo se reuniu com Novandir e outros vereadores após sessão da Câmara. Apesar do sargento ter dito que não houve desfecho para o assunto, os bastidores do legislativo já davam conta que além de Kowalsky, o seu chefe de gabinete também seria exonerado. 

A crise deflagrada na última segunda-feira (5), após o episódio em que o procurador discutiu armado com o assessor do parlamentar, escalou a ponto de tornar a permanência de ambos insustentável nos corredores do Legislativo. Mesmo reconhecido como um nome técnico e de confiança de Policarpo, a avaliação é que Kowalsky perdeu as condições políticas de seguir no cargo.