Trump anuncia cessar-fogo entre Índia e Paquistão após escalada de tensão na Caxemira
O confronto já durava quatro dias e deixou mais de 50 mortos nos dois países
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (10) que Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo total e imediato, encerrando quatro dias de confrontos que deixaram mais de 50 mortos nos dois países. O comunicado foi feito na rede Truth Social, onde o republicano celebrou o desfecho das negociações mediadas por Washington.
“Parabéns a ambos os países por usarem bom senso e grande inteligência”, escreveu Trump, sem revelar detalhes sobre o acordo ou os termos definidos entre as partes.
O anúncio ocorre após uma intensa escalada de tensão iniciada no dia 22 de abril, quando um atentado terrorista na região da Caxemira indiana matou 26 pessoas, a maioria turistas hindus. A Índia responsabilizou o grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), sediado no Paquistão, e acusou Islamabad de envolvimento no ataque — o que é negado pelo governo paquistanês. A organização é considerada terrorista pela ONU e já foi apontada como responsável pelos atentados de 2008 em Mumbai, que deixaram 166 mortos.
Nas últimas horas antes do anúncio, uma trégua ainda parecia distante. O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Mohammad Ishaq Dar, afirmou à emissora Geo News que o país só interromperia os ataques caso a Índia fizesse o mesmo. Já a comandante indiana Vyomika Singh declarou que Nova Déli poderia reduzir a tensão se houvesse reciprocidade, mas relatou que tropas paquistanesas haviam sido vistas avançando na fronteira.
“As Forças Armadas indianas permanecem em alto estado de prontidão operacional. Reiteramos o compromisso com a não escalada, desde que haja reciprocidade por parte do Exército paquistanês”, declarou Singh em coletiva.
A comunidade internacional vinha pressionando os dois lados por moderação desde o início da crise. Com o anúncio do cessar-fogo por Trump, líderes internacionais agora aguardam a consolidação da trégua e a retomada de um diálogo diplomático entre as potências nucleares.
Com informações da Folha de São Paulo