Com urgência parada, PL agora ite comissão especial para projeto de anistia
Hugo Motta já tinha dito que só daria sequência a uma proposta que asse no Congresso sem risco de ser derrubada pelo STF

Com o esfriamento da proposta de anistia aos condenados do 8 de janeiro – mesmo com o pedido de urgência, que não foi colocado na pauta -, a oposição na Câmara dos Deputados ou a aceitar a possibilidade de uma comissão especial para analisar a proposta. O entendimento ocorreu em reunião de líderes da Casa nesta quinta-feira (22).
Conforme apurado pelo Metrópoles, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não se manifestou ao ouvir sobre a comissão. Nesta semana, ele já havia dito que só daria sequência a um projeto de anistia que asse no Congresso sem risco de ser derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é evitar mais desgaste entre os Poderes.
Líder da maioria, a deputada Carol de Toni (PL-SC) disse que apoia a criação da comissão especial, desde que o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) seja relator. “Eu inclusive sugeri isso ao presidente Hugo Motta que criasse então uma comissão especial porque o fato de o tema ficar parado também causa muita angústia a todas as famílias, a todos os envolvidos e a nós que queremos essa justiça o mais rápido possível. E aí o presidente ficou de avaliar também essa possibilidade e sugeriu que nós buscássemos um texto alternativo”, afirmou.
Ela disse, ainda, que o tema da anistia voltará à pauta do PL nas próximas semanas. A ideia original do partido é fazer uma proposta “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos no 8 de janeiro para poder beneficiar, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de estado.