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MÁSCARA DIGITAL

Câmara de Anápolis exonera diretor de comunicação investigado por ataques nas redes sociais

Em nota oficial, a Câmara informou que a exoneração ocorreu em resposta ao avanço das investigações

Denilson Boaventura é um dos investigados da Operação Máscara Digital. Além de dono do Portal 6, ele era diretor de Comunicação da Câmara (Foto: Divulgação)

A Câmara Municipal de Anápolis exonerou, na manhã desta segunda-feira (19), o jornalista Denilson Boaventura do cargo de diretor de Comunicação da Casa. A decisão foi tomada após a deflagração da operação “Máscara Digital”, conduzida pela Polícia Civil de Goiás, da qual Denilson é um dos investigados por ataques nas redes sociais. Ele também é proprietário do site Portal 6, um dos principais veículos de comunicação digital do estado.

Em nota oficial, a Câmara informou que a exoneração ocorreu em resposta ao avanço das investigações. “A Câmara Municipal de Anápolis informa que, diante das investigações da operação ‘Máscara Digital’, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás, decidiu por exonerar o Diretor de Comunicação, um dos investigados na operação”, diz o comunicado.

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A operação apura a atuação de uma rede organizada para promover ataques virtuais, calúnia e difamação por meio de perfis anônimos em redes sociais. Além de Denilson, também são alvos da investigação o secretário de Comunicação de Anápolis, Luis Gustavo Souza Rocha, e Ellysama Aires Lopes de Almeida. Os três foram detidos na última sexta-feira (16), mas foram liberados horas depois.

A nota da Câmara também ressalta que a instituição está à disposição das autoridades. “A Câmara Municipal se coloca à disposição das autoridades policiais e judiciais para o que se fizer necessário a contribuir ao devido processo legal”, completa o texto.

As investigações da Polícia Civil começaram após uma vítima denunciar à polícia publicações difamatórias nas páginas “@anapolisnaroda”, “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”. Conforme a corporação, os perfis eram usados de forma sistemática para atacar a imagem de figuras públicas e privadas, causando constrangimento, medo e prejuízos emocionais.

O trio vai responder pelos crimes de difamação, injúria, perseguição (stalking), falsa identidade e associação criminosa. As investigações apontam que o grupo atuava de maneira coordenada, utilizando perfis falsos para evitar a identificação.

A divulgação dos nomes e imagens dos envolvidos foi autorizada com base na legislação vigente, considerando o interesse público e a possibilidade de surgirem novas vítimas. A Polícia Civil orienta que qualquer pessoa que tenha sido alvo das postagens procure uma delegacia para registrar ocorrência e colaborar com as apurações.