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BATE-PAPO

Sessão na Alego é encerrada após ataques de Amauri Ribeiro contra Bia de Lima

Petista chegou a pedir retirada do "deputado do chapéu" da mesa diretora

A sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) desta quarta-feira (21) durou pouco mais que 40 minutos e terminou em confusão e bate-boca após declarações do deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil). Em um momento de tensão, o parlamentar fez insinuações sobre a vida pessoal da deputada Bia de Lima (PT), que reagiu imediatamente, pedindo a retirada do colega da função que ocupava na mesa diretora como secretário.

A fala que acendeu a crise ocorreu logo após a deputada cobrar, em plenário, o pagamento do piso salarial dos professores de Niquelândia. Ao assumir a leitura de matérias na mesa diretora, Amauri disparou. “Vai cuidar dos seus novinhos, deputada, vai. Você gosta de novinho. Cuidado pra não pegar novinho demais.”

A declaração provocou protestos imediatos de Bia, que acionou a mesa. “Questão de ordem, senhor presidente. Solicito à mesa diretora a substituição do secretário em exercício, tendo em vista a falta de decoro do deputado. É o que estou requerendo.”

O deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), que presidia a sessão, tentou conter os ânimos, sem atender ao pedido de Bia. “Deputado, vossa excelência é meu amigo. Peço que entremos numa sessão de respeitabilidade conjunta. Vamos tocar a sessão. Caso aconteça qualquer coisa, eu encerro”, disse ele, dirigindo-se aos colegas.

Mas Amauri dobrou a aposta, ainda da mesa diretora, que fez novas acusações. “Isso aqui é um parlamento. Eu falo como eu quiser e quando eu quiser. Eu não falei o nome dessa senhora. Mas ontem, a senhora deu uma entrevista dizendo que gosta de ‘novinho’. ‘Novinho’ é termo usado por pedófilo. ‘Papa-anjo’, como a senhora foi chamada pela jornalista e ficou sorrindo, também é. Esses são termos usados por pedófilos. A senhora, deputada, não é exemplo de respeito para ninguém.”

Bia voltou a cobrar providências. “Vou insistir no meu pedido. Diante da falta de decoro do deputado em questão, que seja retirado dessa mesa. Caso contrário, vou pedir que o presidente da Assembleia tome outras atitudes.” Diante da insistência e do clima de tensão, Clécio optou por encerrar a sessão.  “Quem vai sair dessa mesa sou eu. Está encerrada a sessão.”

Nos bastidores, o clima esquentou ainda mais. Após o encerramento, Amauri foi até o foi até o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), reclamar do encerramento da sessão. Lá também se deparou com Bia de Lima e o também petista Mauro Rubem. A discussão subiu o tom, houve troca de gritos, e Amauri precisou ser contido por colegas e pela Polícia Legislativa para evitar agressões físicas.